quinta-feira, 14 de agosto de 2008

“Drogas e Rock juntos. Ainda.”








A relação entre as drogas e o Rock n’ Roll sempre existiu e parece que, infelizmente, sempre existirá. Os exemplos são muitos e começaram praticamente junto com o Rock. Seria, portanto, inútil ficar citando todos eles.

Sim, os tempos mudaram, mas é inacreditável que até hoje muitas pessoas achem atraentes e descolados artistas viciados e que mal conseguem ficar de pé em cima do palco de tão chapados. E claro, esses próprios artistas também acham o máximo ter um estilo de vida.

É fato que não devemos confundir a obra com a vida pessoal. Muitos escritores e músicos geniais têm caráter duvidoso e apóiam movimentos e idéias preconceituosas e racistas, por exemplo. Mas quando se trata de música, o resultado final é influenciado e pode ficar totalmente comprometido. É o caso de vocalistas que não conseguem cantar, que faltam em shows, que se portam como crianças e desrespeitam quem pagou caro por um ingresso.

Kurt Cobain, por exemplo, tem méritos musicais inquestionáveis. Mas a maioria de seus shows eram simplesmente pífios (quem se lembra do Hollywood Rock aqui no Brasil, em 1993?). Sua ex-mulher Courtney Love, como não tinha lá muito talento, só se manteve na mídia devido aos escândalos, brigas e problemas com as autoridades, onde as drogas eram sempre as protagonistas.

Outro que faz questão de mostrar para todo mundo o quanto é doidão é Scott Weiland, recém-demitido do Velvet Revolver. Com um histórico nada favorável, arrumou briga com o ex-Guns n’ Roses e seus ex-companheiros de banda quando decidiu sem mais nem menos anunciar o fim da banda durante um show. Mal voltou com o Stone Temple Pilots, e já foi condenado a oito dias de prisão por dirigir alcoolizado.

Um dos casos mais explícitos porém é o de Peter Doherty. Campeão de detenções, ele se mantém na mídia exclusivamente pelo seu vício, que as pessoas acompanham como se fosse uma espécie de novela. O The Libertines, do qual fazia parte, até era interessante, mas não durou muito tempo. O motivo, claro, foram as drogas. Depois disso ele montou o inexpressivo grupo Babyshambles e, mesmo assim, não saía da primeira página dos tablóides ingleses que sempre noticiam seu uso de heroína, cocaína e afins. Música que é bom, nada.

Assim também é a cantora Amy Winehouse. Ela, que ficou famosa com uma música chamada “Rehab” (termo usado pelos americanos para se referirem às casas de reabilitação) onde cantava em versos sua recusa em receber tratamento, já desmarcou alguns shows e fez barracos em muitos outros. Já saiu carregada, desistiu de cantar no meio da apresentação, parou música por esquecer a letra e erra suas linhas constantemente. Além de virar hit no Youtube, onde aparece em um singelo vídeo fumando crack. Aliás, dizem por aí que ela e Doherty se reuniram para gravar uma música juntos. Realmente, eles têm muito em comum.

Se artistas como esses eventualmente fizerem boas músicas, mantendo o interesse dos fãs, e não morrerem prematuramente de overdose, é possível que aprendam com o tempo a, pelo menos, serem mais profissionais. E por isso que, nesse quesito, os Rolling Stones dão uma aula. Afinal, todo mundo conhece as histórias de Mick Jagger e Keith Richards, mas nem por isso eles ficam cambaleando no palco, cancelando shows ou desrespeitando fãs e imprensa.

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©2007 Rock dos lokos Por Cláudio Farinazzo